Nesta terça-feira (10), a MRV divulgou ao mercado em geral e seus acionistas o balanço 3T21. Com isso, o grupo registrou um lucro líquido consolidado de R$ 165 milhões, crescimento de 17,5% em relação ao mesmo período de 2020. No entanto, o resultado sofreu o impacto de R$ 65,5 milhões na linha de despesas financeiras.
Do total, R$ 40,4 milhões são derivados da recompra de ações via derivativo, e R$ 25,1 milhões do swap em contratos de dívidas. De acordo com a companhia, esses efeitos foram contábeis, sem consumo de caixa. Já o lucro líquido consolidado e ajustado, desconsiderando esses efeitos, atingiu R$ 231 milhões.
A principal fonte de lucro da companhia veio da AHS, braço de locação residencial nos Estados Unidos (R$ 100 milhões), seguida por MRV (R$ 58,3 milhões) e Urba (R$ 7,2 milhões), enquanto a Luggo gerou prejuízo de R$ 918 mil.
“A MRV está alcançando etapas importantes nas suas operações fora do Casa Verde e Amarela, o que pode aumentar as margens da empresa no longo prazo”, apontaram os analistas Daniel Gasparete, Pedro Hajnal e Vanessa Quiroga.
Em relação ao Ebitda (lucros antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado totalizou R$ 386 milhões, expansão de 54,9%. A margem Ebitda aumentou 7,4 pontos percentuais, para 21,5%. Já a margem bruta caiu 1 ponto percentual, para 27,1%.
A receita líquida consolidada totalizou R$ 1,8 bilhão, aumento de 1,1%. Já o resultado financeiro líquido consolidado foi negativo em R$ 50 milhões, revertendo o dado positivo de R$ 10 milhões em 2020.
Conforme os dados divulgados, o grupo chegou ao fim de setembro com dívida líquida de R$ 2,549 bilhões, aumento de 27,6%, na comparação anual. As disponibilidades de caixa estavam em R$ 2,814 bilhões. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) cresceu de 33,5% para 40,0%.