O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 0,1% no segundo trimestre do ano e mostra estabilidade da economia depois de três trimestres seguidos de avanço.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB entre abril e junho chegou a R$ 2,1 trilhões em valores correntes.
No primeiro semestre, o PIB acumula alta de 6,4%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em junho de 2021, o PIB cresceu 1,8%. Em relação ao segundo trimestre de 2020, o resultado desse período em 2021 é 12,4% superior.
De acordo com o IBGE, o principal impacto negativo na economia veio da agropecuária, que recuou 2,8%. Em contrapartida, os serviços tiveram alta de 0,7% no trimestre.
“Uma coisa acabou compensando a outra. A agropecuária ficou negativa porque a safra do café entrou no cálculo. Isso teve um peso importante no segundo trimestre. A safra do café está na bienalidade negativa, que resulta numa retração expressiva da produção”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2021 foi de 18,2% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,1%). A taxa de poupança foi de 20,9% no segundo trimestre de 2021 (ante 15,7% no mesmo período de 2020).
A Capacidade de Financiamento alcançou R$ 81,4 bilhões ante R$ 35,7 bilhões no segundo trimestre de 2020. O aumento da Capacidade de Financiamento é explicado, principalmente, pelo aumento no montante de R$ 55,1 bilhões no saldo externo de bens e serviços.