A rede de restaurantes Madero entrou com pedido para realizar oferta pública inicial de ações (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira (03) em meio a dívidas que chegam a quase R$ 1 bilhão. Os recursos da operação serão usados para pagamento de dívidas e para expansão dos negócios.
Fortemente impactada pela pandemia do coronavírus, que fechou restaurantes em todo o país, a empresa viu sua dívida bruta passar de R$ 705 milhões em dezembro passado para R$ 989,6 milhões no encerramento de junho deste ano. Em relação a dezembro de 2019, o passivo quase triplicou.
O próprio balanço do grupo para o primeiro trimestre de 2021 indicou que, por falta de garantias de que conseguirá renegociar dívidas, há "dúvidas substanciais sobre a capacidade da companhia de continuar em funcionamento dentro de um ano após a data em que essas demonstrações financeiras consolidadas foram emitidas".
Apesar das dificuldades financeiras, o Madero informa que chegou a um acordo com os bancos credores – BTG Pactual, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú, todos presentes na coordenação do IPO.