Quanto mais refinado e diversificado é o portfólio de investimentos, menor o risco do investidor se tornar vítima de uma fraude financeira. A conclusão está em pesquisa do Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas (CECOP) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgado nesta quinta-feira (15).
Segundo o estudo, o público que nunca foi vítima de fraude investe mais em ações, fundos de investimento, FII, previdência privada, CDB, LCI/LCA e na maioria das demais opções apresentadas. Em contrapartida, as vítimas investiam mais, proporcionalmente, em poupança, criptomoedas e startups. As vítimas também afirmam, em maior número, não possuírem investimentos financeiros.
"Estes dados não permitem descartar a H1 (vítimas de fraudes financeiras têm menos experiência com o mercado financeiro), ao menos em comparação com investidores não vítimas", aponta a pesquisa.
As criptomoedas foram o produto de investimento mais citado pelas vítimas de golpes financeiros, sendo mencionadas por 43,3% dos respondentes.
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Outra conclusão do estudo é que 91% das vítimas de fraudes são homens, com idade entre 30 e 39 anos (36,5%) com renda familiar mensal entre 2 e 5 salários mínimos (23%) e com pós-graduação (38%).
Metade das pessoas que respondeu às perguntas da pesquisa afirmou conhecer o fraudador de alguma forma (28,1% conhecia o golpista pessoalmente e 21,9% conhecia, mas não pessoalmente, podendo ser um conhecido de um conhecido ou uma pessoa da mídia). O meio de divulgação para fraude mais citado foi o aplicativo Whatsapp (mencionado por 27,5%), seguido pela divulgação boca-a-boca pessoalmente (19,7%).
Na conclusão do estudo, a CVM aponta que "a fórmula estereotipada dos golpes financeiros (como rentabilidades exorbitantes, bônus por indicação de terceiros e garantia de lucros) não define mais os golpes, que se adaptaram justamente para disfarçar sua ilicitude".
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