Nesta quarta-feira (10), o Ministério da Saúde anunciou que entrou em contato com a embaixada chinesa para conseguir comprar a vacina chinesa contra Covid-19 do laboratório Sinopharm. O governo brasileiro tenta negociar junto à China a compra de 30 milhões de doses do imunizante.
Em uma carta enviada ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, pede que a embaixada colabore para que o Brasil consiga adquirir esses imunizantes.
Em fevereiro deste ano, a vacina do laboratório chinês foi aprovada pelas autoridades sanitárias chinesas para uso na população. Caso o negócio seja concluído, o imunizante do Sinopharm será o segundo aplicado no Brasil, ao lado da CoronaVac, da farmacêutica Sinovac.
Até o atual momento, o Brasil tem distribuído vacinas da AstraZeneca e da CoronaVac, que estão sendo armazenados respectivamente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan.
O governo federal está negociando acordos com Pfizer, Janssen e Moderna, para receber as vacinas produzidas pelos laboratórios. Um acordo também foi fechado com a farmacêutica indiana Bharat Biotech. Porém, o imunizante ainda não recebeu a aprovação da Anvisa.
Programa Nacional
Segundo a carta enviada por Élcio Franco, o programa nacional de vacinação contra a Covid-19 pode ser interrompido pela falta de vacinas.
“A campanha nacional de imunização, contudo, corre risco de ser interrompida por falta de doses, dada a escassez da oferta internacional. Por conta disso, o Ministério da Saúde vem buscando estabelecer contato com novos fornecedores, em especial a Sinopharm, cuja vacina é de comprovada eficácia contra a Covid-19”, diz um trecho.
Vale ressaltar que, até o momento, apenas 4% da população brasileira foi imunizada, devido à escassez no número das doses das vacinas.