A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou que devido ao atraso na chegada de insumos vindos da China, necessários para a fabricação da vacina contra a Covid-19, a entrega das doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca, que seria em fevereiro, foi adiada para março. A informação foi enviada por ofício, nesta terça-feira (19), pela Fiocruz ao Ministério Público Federal (MPF).
Segundo o comunicado da fundação, ainda não se tem uma data estabelecida para a chegada dos insumos vindos do país asiático. A produção terá suas informações divulgadas depois da data de chegada do produto ser confirmada.
A projeção da Fiocruz é que, até o mês de julho, sejam produzidas 100 milhões de doses. Até o fim do ano, a expectativa é que sejam mais de 210 milhões de doses entregues ao Ministério da Saúde
"Estima-se que as primeiras doses da vacina sejam disponibilizadas ao Ministério da Saúde em início de março no 2021, partindo da premissa de que o produto final e o insumo farmacêutico ativo (IFA) apresentarão resultados de controle de qualidade satisfatórios, inclusive pelo Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde (INCQS)”, informou a fundação.
O texto enviado ao MPF destaca que o prazo será prorrogado, se os insumos não chegarem ou se o produto final não for aprovado nos testes de qualidade.
A Fiocruz ainda informou que já tem uma linha de produção de vacinas que apenas aguarda a chegada dos insumos farmacêuticos. Em março, é esperado que uma segunda linha comece a ser produzida.
Pfizer
Um estudo laboratorial realizado pela Pfizer mostrou que a vacina tem eficácia contra uma mutação-chave da Covid-19, chamada N501Y, que foi encontrada no Reino Unido e na África do Sul, com alta taxa de transmissão.
Vale ressaltar que o Reino Unido passa por um momento em que é registrado número recorde de mortes diárias por Covid-19. Nesta terça-feira, foram contabilizadas 1.610 morte. Para pesquisadores, o aumento no número de óbitos por dia também foi impulsionado pela disseminação da variante.