O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta quinta-feira (26) que o Brasil pode chegar no final do ano com zero perda de empregos formais no acumulado de 2020. Guedes apontou que o número de vagas abertas em outubro foi o maior para o mês da série histórica.
“Se terminarmos o ano com zero de perda de empregos no mercado formal, terá sido um ano histórico para a economia brasileira”, disse.
Guedes vê uma recuperação econômica em 2021 para o país e afirmou que este movimento depende da classe política, especialmente no que diz respeito a incerteza em relação à parte fiscal e defendeu o andamento de reformas que estão no Congresso.
"O grande desafio é transformar a recuperação cíclica, que é um fato, e vamos crescer 3% a 4% (em 2021), se nós não fizermos besteira. Se fizermos besteira, afunda de novo. Nosso desafio é transformar essa recuperação cíclica em retomada do crescimento. E quem tem a chave disso é a classe política”, disse em um evento da revista Voto, em São Paulo.
Quase 395 mil vagas formais abertas em outubro
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) anunciou que o Brasil abriu 394.989 vagas formais de trabalho em outubro, o número é visto pelo Ministério da Economia como resultado de uma retomada econômica juntamente com o programa de manutenção de empregos criados pelo governo.
Após as perdas registradas de março a junho devido à crise causada pelo coronavírus, e o fechamento de 942.774 vagas, outubro é o quarto mês consecutivo que registra criação de postos formais.
O secretário do Trabalho, Bruno Dalcolmo, afirmou que a expectativa é que o programa continue contribuindo para manter os postos até o ano que vem. O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM) permite a redução temporária de salário e jornada ou a suspensão do contrato de trabalho com parte do pagamento sendo feito pelo governo aos trabalhadores e já custou R$ 30,7 bilhões aos cofres públicos.
O setor que registrou a maior quantidade de abertura de vagas foi o de serviços, com 156.766 vagas, seguido pelo setor do comércio, 155.647, indústria, 86.426, e construção, 36.296.